Quando quiseres, venha.

17:37

Sai do trabalho naquele dia as pressas alias, como já é de costume. Não imaginava que o dia seria diferente dos outros, já me preparava pra ir pra casa mas meu pensamento não saia dela. Como em uma transmissão de pensamentos recebo a mensagem dela, querendo saber noticias minhas depois de um dia ruim. Avisei que estava indo pra casa tentar me desligar um pouco de problemas, perguntei onde estava e ofereci uma carona, sabia que por aquele horário ela também já estava de saída.

Chagando ao local marcado estaciono e espero que ela apareça, o que não demorou muito, logo ela bate ao vidro fazendo sinal pra que eu abra a porta do carro. Ela entrou e com ela aquele perfume único tomou conta de todo o carro, nos cumprimentamos com aquele inocente beijo no rosto habitual. Finalmente estávamos nos vendo embora não da forma que talvez  esperássemos, ou eu esperei.


Conversamos bastante no caminho, resolvi abastecer o carro ali por perto mesmo antes de pegar o caminho para a casa dela. No posto assim sem explicações nem por quês, um sorriso de canto deu brecha a um beijo que deixou claro pra ambos o nosso desejo. Saímos dali sem muito falar e foi quando ela me pediu pra que eu estacionasse o carro na praça a frente. Pensei que talvez tivéssemos ido depressa demais e ela fosse ali desistir da carona e da companhia. A noite começava a surgir e quando parei o carro antes que nos censurássemos eu matei minha vontade de beija-la outra vez.

Pra minha surpresa ela não fugiu do beijo, não fugiu do desejo e retribuiu. A gana de ter-nos só aumentava enquanto nos beijávamos ali, dentro do carro no meio do caminho. Ela abriu o seu zíper em uma especie de provocação ou convite não sei, só sei que entendi o recado e deslizei minhas mãos pra dentro sentindo-a quente, molhada. Brinquei com teu clitóris e a sentia suspirar enquanto sua boca não desgrudava da minha. Sugeri então que fossemos ao meu apartamento, afinal era próximo dali.

Em menos de 10 minutos estaríamos lá mas qualquer tempo parecia eterno pra esperar. Eu sei, ela também deveria estar pensando será que tudo aquilo era certo? Mas a verdade é que não há nada de errado em se render aos desejos, sentimentos e vontades. Embora o erro também excite somos só eu e ela e mais ninguém, não há erro em se querer.

Chegamos e subimos para meu apartamento, continuamos o que já havíamos começado no carro, enquanto nos beijávamos íamos nos despindo com sede um do outro. Nos rendemos ali, na sala no meu pequeno sofá de dois lugares mesmo. Nós entregamos também no quarto esparramando almofadas e lençóis por todo o chão. Nos encaixamos no banho finalizando os carinhos embaixo do chuveiro morno, relaxando nosso corpos exaustos e rendidos.

Ainda me lembro dela vestida com minha camisa verificando meus armários e a geladeira, ainda sinto o cheiro dela nas almofadas e nos lençóis. Ainda penso nela e sinto desejo de te-la outra vez. Queria poder encontra-la de novo e dizer olhando em seus olhos...Quando quiseres ser novamente amada, venha. A sala, o quarto, a casa é sempre sua e o sentimento também. 


Talvez você goste de:

4 comentários

  1. Ui! O que dizer desse texto? rsrs Uauuuu! Miau! rsrs
    Embora já soubesse onde ia parar, eu fiquei ligada o tempo todo no texto. Parece ser cena de filme. Muito bom! Eu acho que os homens deveriam ler mais em vez de ver filmes pornôs sabia, talvez entenderiam mais as mulheres. bjs

    ResponderExcluir
  2. Estou apaixonada pelos seus textos! Você tem um jeito de escrever que transporta o leitor para outro lugar... Vontade de voltar no tempo.. Parabéns, é um dom! Bjos!

    ResponderExcluir